"Escrevo com sangue e a melhor verdade

é uma verdade sangrenta."


Des-Velo a Rosa da atávica Dor e a escondo em outro Horror!

domingo, 27 de novembro de 2011

S3___________s






Há muito tempo...
Quando ainda não tinha fundo
o céu d'estrelas
Escreveu escreveu escreveu
S3___________s
À mão livre,
Escreveu
o
véu
q
Vira
à
Via
Via
Via
Via...
Em
Via-
Látea...
Escre...via.


 

domingo, 20 de novembro de 2011

Se não foss' em rima, seria poema...






Se não foss' em rima, seria poema

[a Rima ma...ta o AMAR-elo]








Amarelo... Amarelo
Averso do avesso onde não há verso
Pedacinho de amarelo, alecrim
Paleta, pincel...
Vincent!
Veludo, garganta...
§ Maiakovsky §
Três metros do poente sem fim
Para molhar com calça preta
A boca rachada com
*lápi [s] de* Mar'-
Fim!
*
Q
se não
fosse
(na língua)
rima
seria
poema
enfim

*Roberta Aymar*
[Escarlate Letra
A
y Mar]
 
Recife, 18/11/2011, em quase 20/11/2011

 *Rodapé:
Excepcionalmente, esse poema não pode ser escrito em vermelho.
 
 


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Des-Velo a Rosa da Atávica Dor e a Escondo de qualquer Horror






Cartas do Meu Avô para a minha Avó
Ou
Por que não dizer
Des-Velo a Rosa da Atávica Dor e a Escondo de qualquer Horror


***********


Há 11 anos
Procuro as cartas do meu avô para a minha avó.
Do filho morto dos meus avós, eu – a 1ª primeira neta -
Não acho... as cartas.
Em cada dia 11 do mês 11
Intermitente, essa procura das cartas...
 11 pedaços de angústia e marcas...
Onde estão as cartas do meu Avô para a minha Avó?
Ele escre’via as cartas, escre’via, escre’via...
Ela lia, ela-lia, elalia, eu sei! Ela...lia!
“Elália” poderia ser o nome parnasiano da minha Avó.
!Se caso achasse as cartas, saberia...?
[O Q’ conteria as cartas do meu Avô para a minha Avó?]
Onde estão as cartas?
Velha cantilena, toada... Triste aboio, mantra...
Essa pergunta coágulo, que não cala, se dissolveria?
Caso achasse as cartas, o q’ eu faria?...
Onde estão as cartas do meu Avô para a minha Avô?
Ele as escreveu antes da meia noite,
após beijá-la três vezes no rosto.
E ela as guardou como
a rosa des-velada... (de-flor’ada) da átavica dor.
Por isso, pergunto [me cansarei de perguntar?]:
Onde estão as cartas do meu Avô para a minha Avô?
Percorri à casa d’infância da Rosa Avenida,
O jardim agora sem jasmim...
Andei pela cozinha sem cheiros do passado d’alecrim.
Arqueei-me embaixo da solene mesa de jantar
Dedilhei no piano de cauda
impressões digitais de ébano e marfim.
Abri todos os livros da estante, hum a hum
Impregnando os dedos de limo em pó...
Atroz procura sem fim.
Onde estão as cartas do meu Avô para a minha Avô?
Então, cansada entreguei-me ao Sono
de mãos dadas ao meu pai “Morph-Eu” ressuscitado.
Como Ícaro às avessas em busca da luz do sol,
ascendi à banheira do sótão escuro.
E mergulhei como Ismália ao Mar
à procura das cartas do meu Avô para a minha Avó.
Ao re-tornar, não mais encontrei os velhos fantasmas.
11 dias se passaram...
11 luas também desde o último sonho.
Acordei há 11 segundos deitada sobre o caramanchão
Ouvindo a doce voz da minha Avó dizendo
Não procure mais pelas cartas
Olhe para as rosas, as flores, o chão...
Lá estão todas as palavras dormentes
E a palavra
Q’
Auxilia... Dor...
[AUXILIADORA]
A
Palavra
Perdão!



À Auxiliadora, A José e Ao Amor.
Ao Poeta Manuel Bandeira...
Q’ leu as cartas do seu avô para a sua avó.
A Roberto (meu pai),
A Andréa (minha irmã) e
A Nuno (meu filho)...
Aymar y Amores.


Escarlate Letra A

[Roberta Aymar]
Torre da Rua do Conde, 4 de novembro de 2011.

Espaço Pasárgada -Recife, 11.11.11





11.11.11



 
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