"Escrevo com sangue e a melhor verdade
é uma verdade sangrenta."
Des-Velo a Rosa da atávica Dor e a escondo em outro Horror!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Saudade, além do nome Saudade...
A Roberto Aymar,
*
SAUDADE
Soedade
Soidade
Soedade
Soidade
Suidade
Solitate
*Sen-{t[i}r]
*Sem-Sonho*
*Suave-Siêncio*
*
S
e
i
v
a
*
S
a
n
g
r
a
n
d
o
*
*Sem-Sangue*
*Seca-Saliva*
*
s
o
f
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*
S
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L
I
D
Ã
O
*
Sem-ti... [Sentiria]... Sinto... Sentirei... Sempre...
...S A U D A D E...
Solitate
*Sen-{t[i}r]
*Sem-Sonho*
*Suave-Siêncio*
*
S
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*Sem-Sangue*
*Seca-Saliva*
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Sem-ti... [Sentiria]... Sinto... Sentirei... Sempre...
...S A U D A D E...
Roberta A y MAR
Recife, 28 de junho de 2011
no aniversário de 70 anos do meu amado pai
{In Memorian}
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Teresa's Transcendence
Teresa sempre soube Trans...Ce[n]der!
!?Axioma "1"nico: A Filosofia?!
!?Axioma "1"nico: A Filosofia?!
Lamento Della Ninfa
{"Non havea Febo ancora
recato al mondo il dì,
ch'una donzella fuora
del proprio albergo uscì.
Sul pallidetto volto
scorgeasi il suo dolor,
spesso gli venia sciolto
un gran sospir dal cor.
Si calpestando fiori
errava hor qua, hor là,
i suoi perduti amori
così piangendo va.
Amor, (dicea, il ciel
mirando, il piè fermò),
dov'è la fe
ch'el traditor giurò?
(miserella)
Fa che ritorni il mio
amor com'ei pur fu,
o tu m'ancidi, ch'io
non mi tormenti più;
(Miserella ah più, no,
tanto gel soffrir non può)
Non vo' più ch'ei sospiri
se non lontan da me.
No no, che i suoi martiri
più non dirammi, affè!
(Ah miserella. Ah più no no)
Perché di lui mi struggo,
tutt'orgoglioso sta,
che sì, che sì, s'il fuggo
ancor mi pregherà?
(Miserella, ah, più non
tanto gel soffrir non può)
Se ciglio ha più sereno
colei che'l mio non è,
già non rinchiude in seno
amor sì bella fè.
(Miserella, ah, più non
tanto gel soffrir non può)
Ne mai si dolci baci mai mai mai mai
da quella bocca havrai
ne più soavi, ah taci,
taci, che troppo il sai!
Si, tra sdegnosi pianti,
spargea le voci al ciel;
così ne' cori amanti
mesce Amor fiamma e gel."}
recato al mondo il dì,
ch'una donzella fuora
del proprio albergo uscì.
Sul pallidetto volto
scorgeasi il suo dolor,
spesso gli venia sciolto
un gran sospir dal cor.
Si calpestando fiori
errava hor qua, hor là,
i suoi perduti amori
così piangendo va.
Amor, (dicea, il ciel
mirando, il piè fermò),
dov'è la fe
ch'el traditor giurò?
(miserella)
Fa che ritorni il mio
amor com'ei pur fu,
o tu m'ancidi, ch'io
non mi tormenti più;
(Miserella ah più, no,
tanto gel soffrir non può)
Non vo' più ch'ei sospiri
se non lontan da me.
No no, che i suoi martiri
più non dirammi, affè!
(Ah miserella. Ah più no no)
Perché di lui mi struggo,
tutt'orgoglioso sta,
che sì, che sì, s'il fuggo
ancor mi pregherà?
(Miserella, ah, più non
tanto gel soffrir non può)
Se ciglio ha più sereno
colei che'l mio non è,
già non rinchiude in seno
amor sì bella fè.
(Miserella, ah, più non
tanto gel soffrir non può)
Ne mai si dolci baci mai mai mai mai
da quella bocca havrai
ne più soavi, ah taci,
taci, che troppo il sai!
Si, tra sdegnosi pianti,
spargea le voci al ciel;
così ne' cori amanti
mesce Amor fiamma e gel."}
Jordi Savall
(Para a Composição deClaudio Monteverdi)quinta-feira, 23 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
!Assim, simples, assim... como um nó-borromeu !
EU, prefiro-ME, EU
Três de Mim
Assim, SIMPLES, Assim...
como um nó
me possuo
...me devoro
me entrelaço
me expando
me amordaço
me liberto
me
Três de Mim
Assim, SIMPLES, Assim...
como um nó
me possuo
...me devoro
me entrelaço
me expando
me amordaço
me liberto
me
B
o
r
r
o'
M-eu
Mas, existe o quarto
?E lá!
Mas, existe o quarto
?E lá!
!sou amiga do Rei?
Escarlate Letra A
yMar
terça-feira, 21 de junho de 2011
E anunciando como morto, antes da morte dos mares...
P O E M A
D
O
A
D
[riátic]O
Por
**F e r n a n d o M o n t e i ro**
O torso de beleza afastando-se
Como se afasta um afogado
Das margens da praia
Também recuada para trás
De onde o Mediterrâneo
Vinha beijar os pés das sílfides,
Debaixo do sol silencioso.
Abandonados pelas crianças,
Os brinquedos da marina
Zunem de calor no metal
Aquecido como as águas.
O planeta está mais quente
E mais enlouquecido
Entre os pios nublados
Do pássaro escondido
Em árvores molhadas
Da chuva ácida que se filtra
De um céu de tempestade.
Aviões caíram nesta manhã,
Levando passageiros
Para o fundo de uma laguna
E o nenhum lugar da selva
Remota que irá retomar
Seu espaço sobre azulejos
Encardidos e embalagens
Não-degradáveis
Num mundo que prefere o desastre.
Tudo o prenuncia, de certa forma,
E nada está perdoado
Nem foi esquecido
Com todas as coisas que já foram
E com aquelas que ainda serão
Ou que apenas dormem na tarde
À espera dos anos sem emoção.
Os humanos repousam
No sono da sombra de toldos
Estalando na Veneza insalubre
Deste lado do Atlântico
De exímios nadadores
Que não viram as crianças
Se afogando.
Sim, eu prefiro estar
Por apanhar um resfriado
Antes da peste
No limite da cerca-viva
De mato e detritos do lixo
Avançando até o antigo gradil
De gladíolos brancos.
É minha a opção de não manter
A saúde, fumar e perder esperança
Na vigilância sem objeto,
Exposto ao vento da tarde,
Ao siroco da mente
Igualmente desistindo
Das perguntas a ninguém
Muito depois de Pã
Anunciado como morto
Antes da morte dos mares.
Então, não importa molhar
Os sapatos da espuma de solfejos
Rumorejando as queixas do Adriático
Como outrora o mar dos gregos
Deixava leve gosto de salgado
Entre os artelhos limpos
De náiades banhando-se
Nos oceanos mitológicos
Que hoje são de plástico
Cor de chumbo.
Mon Amie La Rose
Mon Amie La Rose
Paroles: Cécile Caulier
Musique: Cécile Caulier, Jacques Lacombe
On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Me l'a dit ce matin
A l'aurore je suis née
Baptisée de rosée
Je me suis épanouie
Heureuse et amoureuse
Aux rayons du soleil
Me suis fermée la nuit
Me suis réveillée vieille
Pourtant j'étais très belle
Oui j'étais la plus belle
Des fleurs de ton jardin
On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Me l'a dit ce matin
Vois le dieu qui m'a faite
Me fait courber la tête
Et je sens que je tombe
Et je sens que je tombe
Mon cœur est presque nu
J'ai le pied dans la tombe
Déjà je ne suis plus
Tu m'admirais hier
Et je serai poussière
Pour toujours demain.
On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Est morte ce matin
La lune cette nuit
A veillé mon amie
Moi en rêve j'ai vu
Eblouissante et nue
Son âme qui dansait
Bien au-delà des nues
Et qui me souriait
Crois celui qui peut croire
Moi, j'ai besoin d'espoir
Sinon je ne suis rien
Ou bien si peu de chose
C'est mon amie la rose
Qui l'a dit hier matin
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Língua & Lábios... Des’encontros...
Língua & Lábios... Des’encontros...
N’um passo-a-mais pelo Paço rumo à tela d’Apolo
Senti não ter encontrado tua língua
nos Labi(rint)os da Pequena Alexandria.
Teria sido o voraz encontro agridoce e famélico
Entre o teu ácido escrever/dizer
e a minha doce vontade de ler.
Escarlate Letra A
{y Mar}
Recife [Antigo]
20 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Quando a Beleza {[(SE)]} Mata ao Lado...
Morri pela beleza, mas estava apenas
No sepulcro acomodada
Quando alguém que pela verdade morrera
Foi posto na tumba ao lado.
Perguntou-me, baixinho, o que me matara:
"A beleza," respondi.
"A mim, a verdade, – são ambas a mesma coisa,
Somos irmãos".
E assim, como parentes que certa noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.
No sepulcro acomodada
Quando alguém que pela verdade morrera
Foi posto na tumba ao lado.
Perguntou-me, baixinho, o que me matara:
"A beleza," respondi.
"A mim, a verdade, – são ambas a mesma coisa,
Somos irmãos".
E assim, como parentes que certa noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.
*Emily Dickinson*
domingo, 12 de junho de 2011
Capitular: A Letra e O Ato (Ato Confessional I)
Capitular – Ato Confessional I
Capitular... Não, não me refiro aquela letra bonita que inicia os capítulos de códices medievais como iluminuras, estetizando e sacralizando mistérios.
Falo de algo mais misteriosamente humano, de outro tipo de início ou iniciação - o ato de render-se, entregar-se, render-se a si mesmo...
Render-se à supremacia dos sentimentos sobre a razão das coisas contraindicadas ou aos caprichos da vontade crua.
Falo de entregar-se, sem censura, a si mesmo: a maior das rendições.
Capitular não é simplesmente render-se ao Outro diante da batalha perdida ou da ameaça iminente entregando a cabeça como prêmio ao vencedor.
Capitular é, antes de tudo, render-se à parte mais forte de cada um de nós mesmos dentro do nosso todo...
É se deixar vendar e conduzir pela parte de si que, a esmo, leva aos labirintos da escuridão da noite ou à vastidão das estepes áridas.
É ficar na ponta de pé no único grão de areia que separa a terra firme do instante único em que se salta no abismo do cânion, do grão de areia que divide o cume da montanha escarpada com o tudo e o nada do espaço cheio de vazios do ar.
Capitular(-se) é andar em lenha pegando fogo.
E, ao contrário, da rendição óbvia ao vencedor, que constrange e envergonha, pela ausência de futuros, capitular(-se) requer a sabedoria de se perder com rumo e hora certa...
Capitular(-se) é o mesmo que aquecer o sangue coalhado na veia com o frio do gelo e depois bebê-lo nas entranhas para não morrer de inanição de si mesmo.
Assim, capitulo-me! Subscrevo-me.
E confesso-me a mim mesma que me entrego.
Roberta Aymar.
Recife, 02 de novembro de 2010.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
Ele... Essa presença que me consome
*
Que presença é essa
Que não vejo e me consome...
Que não vejo e me consome...
Que esquece o meu nome sem rima na língua, na carta de amor...
E me chama pelo nome de outra no lapso do céu da boca,
no lodo do eco dos dentes, no ato falho dos porões da memória...
***
Que presença é essa
Que me pretere no fio corrosivo do prazer da vingança
Que me pretere no fio corrosivo do prazer da vingança
No amargo sabor do lento passar das horas
Enquanto, à distância, velo o meu amor
Suturo e nutro com lágrimas de renda a minha saudade
***
Que presença é essa
Que nunca está
Que nunca está
Gotas de suor... cristais, que não escorrem em mim
Que não oferece a indulgência-talismã-relíquia de um cílio caído, fio de cabelo, unha
Um cheiro entranhado na roupa suja perfumada de outros passados
***
Que presença é essa
Que não colhe murchas acácias caídas no chão do outono
Que não colhe murchas acácias caídas no chão do outono
Que não faz um leito sedoso de folhas verdes
das mangueiras doces para o meu corpo deitar
das mangueiras doces para o meu corpo deitar
Que não me encontra encantada nas matas D'Oxossi
Que não me banha nos afluentes secretos dos rios do norte
Que não me banha nos afluentes secretos dos rios do norte
***
Que presença é essa
Que cospe nas fendas fiéis das minhas letras esculpidas de sangue e fogo
Mas engole, aos pares, como as doces uvas de Baco,
Insossas palavras de poemas incertos
E venera a prosa d'outras mãos que lhe afagam e seduzem o ego com duvidosos clichês
***
Que presença é esta?
Essa presença concreta na ausência
Que sinto absorta, distantemente, muito perto de mim
Viva e pulsante no tempo correndo do instante ofegante
***
Que presença é essa
Amante dos meus ouvidos alter(n)ados
Amante dos meus ouvidos alter(n)ados
No nada da pele que só se sabe desejo
E se veste nua de sonho acordado
Para outra vez, no sonho adormecido poder abraçá-lo
***
Que presença é essa
Que presença é essa
Essa presença é Ele, eu sei
Essa presença Sou Eu,
Essa presença Sou Eu,
Disso, ele sabe, ele grita, ele sonhou primeiro
E nenhum dos dois pode evitar
*
Desfazer, jamais!
*
Desfazer, jamais!
Amor compartilhado
O Tempo diz.
Roberta Aymar
06.03.2011
06.03.2011
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